Nosso sonho é que a arte possa, cada vez mais, permear a vida de todas as pessoas.

Com foco no desenvolvimento do processo criador e da convivência criativa, o teatro traz na sua origem um princípio de socialização, de não conformismo e de desafios constantes ao nosso arsenal psicofísico. São inúmeras as técnicas, os jogos e os exercícios que capacitam uma pessoa a criar em grupo e enfrentar uma plateia.

O Pé no Palco é um lugar para se fazer teatro prazerosamente.

Foto de Augusto Gaus

Com um método psicodinâmico, adaptável a diferentes grupos, a escola acolhe todas as pessoas que desejam envolver-se com esta arte mágica. 

Nossa postura artística e pedagógica conduz a pessoa para o reconhecimento de sua capacidade criativa, para a busca pessoal de capacitação e aprimoramento técnico e para a disponibilidade nas experiências em grupo. 

A base da nossa forma para propiciar a vivência teatral reside na percepção da confluência entre a consciência da individualidade criativa e sua singularidade psicofísica, com a disposição para o trabalho coletivo.

A inteireza, a consciência corporal no palco, a prontidão e o mergulho no imaginário são ideias chave para redimensionar a expressão criadora e alavancar o espírito de pesquisa. 

Perceber as relações do processo criador com o mundo subjetivo e objetivo, as dificuldades, os desafios e, sobretudo, as conquistas é o fator imprescindível para a continuidade das vivências no campo do fazer teatral. 

A preparação da atriz e do ator não pode se reduzir a fórmulas ou regras simplistas. Não se descobre sob a pressão de agradar. O ator e a atriz são pessoas aventureiras. Suas conclusões são sempre transitórias e seus trabalhos são necessariamente feitos de risco. 

O trabalho de sensibilização para o ofício criativo é sempre o de gerar estímulos para que possamos nos insurgir contra as formas convencionais. A técnica não pode ser um treinamento rígido, é necessário haver respiros. Não há regra, não há caminho seguro, criar é sempre um mergulho no desconhecido.

A única razão para o sucesso da vida na Terra é sua maleabilidade, sua capacidade inerente de se redefinir. Reinventar-se é uma necessidade humana que está diretamente ligada com a preservação da espécie. Nossa missão enquanto artistas de teatro é brincar com a ordem e a desordem buscando um equilíbrio que será sempre aleatório e variável. Reinventar o mundo através do teatro nos livra da mesmice, da padronização e do mundo estagnado. A vida é essencialmente resultado da criatividade anárquica com o desejo da harmonia.
Fátima Ortiz
Idealizadora e propulsora da investigação metodológica do Pé no Palco

MONTAGENS

O aprendizado da atriz e do ator se concretiza com a presença da plateia. É neste momento especial que o coração bate mais forte, o espetáculo está para começar e se ouve o burburinho da plateia entrando e preenchendo os lugares vazios do teatro, a luz lentamente sobe e não há mais volta. 

Todas as turmas da escola entram em temporada com seus espetáculos (com uma mostra de processo ao fim do primeiro semestre e com a temporada de uma montagem/espetáculo ao fim do segundo semestre). 

PROFISSIONALIZAÇÃO

A escola acompanha e apoia o estudante de teatro em fase pré-profissional. O SATED/PR, Sindicato dos Artistas e Técnicos em Diversões, promove anualmente uma banca de capacitação para fornecer o registro na profissão (DRT). As pessoas que comprovam por meio de currículo suas participações em espetáculos e exercícios no fazer teatral por, no mínimo, três anos podem se submeter à banca examinadora.

 A preparação das cenas solicitadas pelo sindicato pode ser orientada pela equipe docente, desde que combinada antecipadamente.  O índice de aprovação do Pé no Palco é elevado e a escola é reconhecida pelo sindicato pelo trabalho desenvolvido na formação primorosa de atrizes e atores.